Borracha para Asfalto
O asfalto-borracha consiste na mistura de pneus inservíveis moídos com o ligante asfáltico. Ocorrem melhorias no revestimento asfáltico que recebe a incorporação de borracha de pneus, formando revestimento altamente a deformação plástica, à fadiga e resistente ao envelhecimento, devido à presença de antioxidantes e in ibidores de raios ultra-violeta existente na borracha de pneu.

INFORMAÇÕES SOBRE O ASFALTO BORRACHA .
O Cimento Asfáltico de Petroleo ( CAP) é obtido como resíduo da destilação do petróleo bruto, apesar dos avanços do setor de refino não se consegue somente com o Cimento Asfáltico de Petroleo fazer frente as condições de clima e tráfego existente atualmente nas vias nacionais.
Desta forma, o setor rodoviário nacional, pesquisou em seus Centros de Pesquisas e Universidades, amparados de profundo levantamento do estado da arte em outros países, inclusive com visitas e orientações de técnicos estrangeiros como melhorar a qualidade dos ligantes asfálticos.
Existem várias formas de melhorar o desempenho do ligante asfáltico, sendo as principais as misturas com polímeros e borracha moída de pneus inservíveis.
O reaproveitamento ou reciclagem de materiais é um tema em voga na atualidade em razão da necessidade de responder aos danos causados ao meio ambiente, a escassez de materiais e a necessidade da redução dos custos.
Como dimensão deste passivo ambiental, mais de 280 milhões pneus inservíveis/ano é descartada nos EUA, no Brasil o descarte é da ordem de 20 milhões pneus/ano e estima-se que cerca de mais de 2 bilhões pneus/ano é descartado no mundo.

Os pneus inservíveis no Brasil são utilizados em grande parte na queima para geração de calor nos fornos das indústrias de cimentos e na fabricação de artefatos para veículos e pisos sintéticos empregados em equipamentos esportivos, etc.
Um pneu de veículo, de forma resumida, é composto de 48% de borracha, 22% de negro de fumo, 15% de aço e 5% de lona e o restante de aditivos, logo se verifica a presença de componentes nobres que merecem ser reaproveitados.
Entre as aplicações de maior inserção dos pneus inservíveis na cadeia produtiva é, de longe, o emprego em pavimentação, que apresenta maior vantagem e maior aproveitamento.

Já existe no Brasil empresas que promovem o beneficiamento dos pneus, estando uma delas situada no Rio de Janeiro, que produz a borracha granulada ou moída com granulometria no intervalo de 2 a 0,5 mm, dependendo do tipo de aplicação.
A mistura de ligantes asfálticos com borrachas moídas ou granuladas de pneus inservíveis é denominada no Brasil de Asfalto Borracha.
A borracha granulada dos pneus em mistura asfálticas pode ser reaproveitada a através dos seguintes processos:

Via Seca – processo onde a borracha granulada é adicionada diretamente no misturador da usina de asfalto.

MVC-293S MVC-293S

Via Úmida – processo no qual a borracha granulada é adicionada ao Cimento Afáltico de Petróleo, CAP, em misturadores especiais que promovem uma boa homogeneização. Neste tipo de processo ocorre a dispersão total da borracha no ligante asfáltico, originando o “Asfalto Borracha” em concentrações de 15 a 25% em massa de borracha.

BENEFÍCIOS AMBIENTAIS:
Redução do descarte em aterros sanitários, lagoas, rios, terrenos baldios, etc;
Reduzem indiretamente os vetores (mosquitos, ratos, etc) e as endemias, como a dengue e malária, os riscos de incêndio e a queima criminosa dos pneus a céu aberto;
Aplicação em revestimentos asfálticos reduzindo o ruído da interação pneu-pavimento, contribuindo desta forma com dupla consideração ambiental;
Atendimento por parte do Município a Resolução Nº 258/301 do CONAMA;
Fortalecimento da imagem da Administração Municipal, no trato com o meio ambiente e na busca de novas tecnologias consoante com o cenário mundial.

VANTAGENS TÉCNICAS:
Confere maior resistência do revestimento à deformação e ao trincamento (fadiga);
Maior coesão e maior resistência ao envelhecimento por oxidação, conseqüentemente com maior vida útil com redução das operações de manutenção e restauração;
Possibilidade de reduzir a espessura do revestimento asfáltico em até 30 %.
Possibilidade de execução de revestimentos asfálticos de alto desempenho que além de reduzirem o ruído do pneu-revestimento e promovem elevado atrito superficial.

A adição de polímeros provenientes da borracha de pneus reciclados ao asfalto diminui a suscetibilidade térmica, aumentando a estabilidade do pavimento em altas temperaturas e diminuindo o risco de fraturas e trincamentos em baixas temperaturas. Além disso, confere maior resistência às ações da chuva e proporcionam melhor adesão ao agregado asfáltico. Segundo Jorge A.P. Ceratti, Coordenador do Laboratório de Pavimentação da escola de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), “ o asfalto borracha torna-se viável economicamente, se levarmos em conta que com uma durabilidade maior, a estrada que possuir asfalto borracha precisará de reparos em um intervalo de tempo maior do que a que não possui. Além disso, a incorporação da borracha à construção do asfalto implica uma redução da demanda do petróleo para esse fim. Não podemos esquecer que o petróleo é uma fonte não-renovável de energia.”

Entre os meios de transporte utilizados (aéreo, marítimo, ferroviário, fluvial e terrestre), o terrestre é o que representa o maior impacto ambiental, tanto através da poluição do ar pela combustão, como pela poluição dos solos, através dos resíduos sólidos. Paralelamente ao desenvolvimento nos transportes, houve também um incremento na geração de peças mecânicas e acessórios, gerando, consequentemente, resíduos sólidos e subprodutos que ocupam espaço físico considerável e determinam inúmeras dificuldades, tanto na sua coleta, quanto na eliminação ambientalmente adequada.

Os pneus inservíveis apresentam uma série de problemas, desde a degradação lenta e o formato de difícil armazenamento, até a necessidade de cuidados especiais de armazenagem e deposição. Segundo a Norma Brasileira 10.004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os pneus são considerados resíduos classe III (resíduos inertes) em relação ao risco de sua degradação ao meio ambiente. São muitos os problemas ambientais gerados pela destinação inadequada dos pneus:

Seu reaproveitamento em aterros sanitários é prática ecológica duvidosa, tanto pela diferença de tempo de degradação em relação aos outros materiais utilizados, como também por provocarem um foco na massa dos resíduos, causando instabilidade dos aterros.
Devido à sua composição química, o pneu é um produto de fácil combustão, podendo causar incêndios de difícil controle em aterros e liberando nessas ocasiões no solo, no ar, e no lençol freático gases e óleos tóxicos e cancerígenos. Por essa razão, a queima de pneus a céu aberto é uma atividade proibida no Brasil e na maioria dos países do mundo.
Além dos riscos já expostos, as carcaças expostas a céu aberto têm o inconveniente sanitário de servirem como foco de proliferação de insetos e roedores, dificultando o controle de doenças como a dengue, a malária e a febre amarela, constituindo assim, também uma grave ameaça à saúde pública. Há suspeitas, por exemplo, de que o mosquito Aedes albopictus, um dos vetores do vírus da dengue e da febre amarela, tenha entrado no território nacional em carregamentos de pneus já usados, vindos dos EUA e do Japão.

O destino de recursos para o controle da disposição final e para o estudo de alternativas ambiental e economicamente viáveis para a reutilização de pneus usados é de interesse social, ecológico e político.

Entre outros países, o Brasil tem desenvolvido legislação para direcionar seus departamentos de estradas de rodagem a investigar a possibilidade de utilização de materiais recicláveis em obras de pavimentação. A utilização da borracha em pavimentação asfáltica foi aprovada, em 26 de agosto de 1999, por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

Esta resolução (CONAMA 258, de agosto de 1999), e resolução subseqüente (CONAMA 301, de março de 2002) instituem a responsabilidade, ao produtor e importador, pelo ciclo total da mercadoria, proibindo a destinação inadequada de pneus e obrigando os fabricantes e importadores a coletar e dar destino final de forma ambientalmente correta aos produtos que colocam no mercado, na proporção de um pneu adequadamente destinado para cada quatro pneus produzidos.

Legislações subsequentes do próprio CONAMA, e de iniciativas de governos estaduais e municipais buscaram aumentar o reaproveitamento destes resíduos, aumentado a obrigação de dar destino a um pneu usado para cada dois pneus importados ou fabricados. Estas iniciativas buscam regular a atividade, criando uma contrapartida às empresas atuantes no setor, proporcionando uma forma de continuarem operando, e, ao mesmo tempo, contribuindo com a proteção ambiental.

Apesar das queixas de que “a contrapartida ambiental é tão severa, que inviabiliza o negócio”, as indústrias vêm cumprindo as metas. Para os novos empreendedores, o pneu velho não é lixo, é matéria-prima e pode gerar lucros
O resultado final da mistura de Cimento Asfáltico de Petróleo com pneus inservíveis, Asfalto Borracha, é excelente. Significa um aumento da vida útil da estrada pavimentada ou recapeada com o produto, além de proporcionar uma superfície mais rugosa, com maior e melhor aderência, o que permite uma condução mais segura dos veículos, evitando assim muitos acidentes. A pista fica também com maior resistência à incidência natural dos raios ultravioletas do sol, além de ser uma forma de preservação da saúde da população.

Uma pesquisa realizada pelo LAPAV-Laboratório de Pavimentação da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, indicou resultados surpreendentes na utilização do chamado “asfalto-borracha”. Em duas pistas criadas para o teste, uma com pavimentação convencional e outra com aplicação do “asfalto-borracha”, os resultados foram os seguintes:

Tipos de pistas

Presença de trincas:

– convencional

– após 100.000 ciclos

– com “asfalto-borracha”

– após 500.000 ciclos

Percebe-se que somente após 500.000 ciclos de teste sobre o “asfalto-borracha” começaram a surgir trincas na superfície, portanto, o material apresentou uma durabilidade cinco vezes maior que o produto convencional. O Prof. Dr. Jorge Augusto Pereira Ceratti considerou os resultados do teste “excelentes”, indicando a maior elasticidade e durabilidade do chamado “asfalto-borracha”.
Além disso, o emprego desse tipo de asfalto apresenta uma vantagem ambiental simplesmente espetacular: diminui as carcaças de pneus descartadas, hoje um problema que agride o ambiente e que é preocupação mundial.

Da carcaça utilizada, a borracha entra na composição do asfalto, o aço volta para a siderúrgica e a fibra têxtil, para as indústrias têxteis. Assim, toda a carcaça é decomposta e reciclada. Diminui um sério problema ambiental. Para se ter uma idéia dessa diminuição, cada tonelada do “asfalto-borracha” tem, em média, 180 quilos de pneu em sua composição.

O produto já é empregado com sucesso em muitas estradas nacionais. No estado de São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, onde mais de 3000 km de vias já utilizaram este ligante com excelentes resultados.
Entretanto, a técnica de emprego do asfalto borracha exige cuidados e equipes bem treinadas, dada a viscosidade do ligante asfalto borracha, aderência e possibilidade de separação da borracha moída do asfalto.
Estudo realizado sobre o aumento da viscosidade do asfalto borracha revelou que adição de 15 % de borracha moída no asfalto acarreta um aumento de 10 vezes a viscosidade do asfalto.

Desta forma, cuidados importantes são necessários na fase de usinagem, pois necessita de tanques com agitadores e sistema de recirculação, para evitar sedimentação e heterogeneidade do produto, podendo ocorrer até perda do tanque de estocagem e das linhas de ligante. A especificação do DNIT 112/2009 – ES, para asfalto borracha, menciona está necessidade.

Durante a produção deverá ser ampliado o tempo de injeção do ligante devido sua viscosidade, aumentar abertura dos bicos injetores de asfalto e colocar filtro de linha adequado ao diâmetro dos pneus moídos. Sem estes cuidados, que necessita de certa expertise da equipe de produção da massa asfáltica com borracha, não se conseguirá uma mistura homogênea e de qualidade, chegando ao ponto da mistura apresentar insuficiência de ligante e ocorrer desgaste e segregação na pista recém executada.

Após a produção da mistura deverá ser realizada a limpeza da linha e dos bicos injetores com asfalto convencional, cuja alta capacidade calorífica e baixa viscosidade permitem manter a linhas limpas e prontas para sua utilização.

A distância de transporte da mistura com asfalto borracha não deverá ser acima de 50 km, pois a viscosidade deste ligante levará problema no espalhamento e compactação.
O equipamento para espalhamento da mistura de asfalto borracha tem que ser capaz de resistir à viscosidade da mistura, que é muito mais elevada que a mistura com CAP convencional, e a equipe disciplinada e treinada para espalhar o mais rápido possível, evitando rastilho devido à dificuldade de acabamento com está mistura.

A compactação também merece atenção devendo os rolos compactadores iniciar a compactação imediatamente ao espalhamento da mistura, evitando parada e formação de vincos na superfície do revestimento que não serão mais removidas após a sua formação. A deficiência da compactação vai gerar revestimento com maior teor de vazios e consequentemente menor vida em serviço.
Desta forma, é de suma importância que as empresas que forem contratadas pelo Município para realizar obras com emprego do asfalto borracha, já terem experiências anteriores na sua produção e execução, de maneira a evitar falhas na produção e na execução do revestimento, de forma a não expor a administração pública junto a população, em caso de defeito construtivo, que pode gerar retrabalho ou baixa durabilidade do revestimento. Logo é uma medida de correta de prevenção a exigência de atestado de execução desta técnica pelas empresas que participarão do processo licitatório, visando evitar exposição da administração municipal.
Entretanto, com equipe bem treinadas e equipamentos corretos o asfalto borracha é uma técnica importante pelo alto desempenho da mistura e as vantagens ambientais envolvidas.

“Com emprego da tecnologia do Asfalto Borracha foi possível o reaproveitamento de 1000 pneus inservíveis para cada km de revestimento executado em uma faixa de rolamento. Significando o consumo de 1 pneu inservível por metro recapeado.”

Entregas

A MB Borrachas realiza suas entregas no raio de mais ou menos 350 Km de distância de Juiz de Fora, para lugares mais distante favor entrar em contato para saber o valor do Frete.

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